O que é DRE, importância e como funciona?

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Quem tem empresa sabe que precisa cumprir com algumas obrigações tributárias para se manter em dia com todas as exigências da legislação — e uma delas é a entrega da DRE, declaração que deve ser emitida por quase todas as pessoas jurídicas. 

Além de ajudar a Receita Federal na fiscalização, a DRE também pode ser utilizada com fins gerenciais, ajudando os gestores a identificarem pontos fortes e fracos na situação financeira do negócio.

Quer conhecer melhor essa poderosa ferramenta? Então continue lendo este artigo! Aqui você vai encontrar tudo o que  precisa saber sobre a DRE — para que serve, quando e como emitir, como é a sua estrutura completa e muito mais!

  1. O que é DRE?
  2. Para que serve a DRE?
  3. Qual a importância da DRE para a empresa?
  4. DRE e Balanço Patrimonial: entenda a relação
  5. Como fazer uma DRE?
  6. De quanto em quanto tempo devo fazer uma DRE?
  7. Qual é a estrutura da DRE?
  8. Por que entender a estrutura de uma DRE é importante?
  9. Como analisar a DRE?

O que é DRE?

DRE significa Demonstração do Resultado do Exercício. Esse documento é um relatório contábil que evidencia se as atividades da empresa estão trazendo lucro ou prejuízo

A DRE traz, de forma resumida, todas as operações realizadas pela empresa durante um  período de tempo — geralmente, ela se refere ao último ano de exercício.

Nessa demonstração constam todas as receitas, despesas, investimentos e provisões da empresa, com o objetivo de evidenciar a formação do resultado líquido no período analisado.

A emissão da DRE é obrigatória para todas as empresas, com exceção de MEI, e ela deve ser feita anualmente, após o encerramento do ano-calendário, ou seja, o período entre janeiro e dezembro do ano anterior. 

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Para que serve a DRE?

A DRE é uma forma de prestação de contas ao governo. Ela foi criada para mostrar às autoridades fiscalizadoras de onde vem o lucro da empresa, pois  facilita o trabalho da Receita Federal e ajuda o órgão a identificar irregularidades.

O governo utiliza a DRE para checar se os impostos foram calculados de forma correta e faz a conferência de informações, comparando o documento com os lucros declarados pelos sócios da empresa em seus Impostos de Renda como pessoas físicas.

Qual a importância da DRE para a empresa?

Além de ser essencial para que a empresa funcione conforme a lei, a DRE também tem grande importância gerencial para a empresa. Isso porque, como falamos lá na introdução do artigo, ela também pode ser utilizada como fonte de informações para a identificação de pontos fortes e fracos do negócio. Afinal, ela traz dados sobre tudo o que entrou e saiu do caixa da empresa!

A análise dessas informações ajuda o time a entender a real situação financeira do negócio e a tomar decisões com base em dados. Assim, as chances de fazer escolhas acertadas aumentam significativamente.

Podemos dizer, portanto, que a DRE ajuda a empresa a cortar gastos, trabalhar com mais eficiência e, por consequência, aumentar o seu faturamento.

Além dessas duas principais utilizações, a DRE também pode ser aquele empurrãozinho que faltava para o empresário conseguir crédito e investimentos. Como ela demonstra a saúde financeira da empresa, costuma ser solicitada por bancos em casos de solicitação de crédito e por investidores, que analisam as finanças do negócio antes de fazer grandes aportes.

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DRE e Balanço Patrimonial: entenda a relação

Assim como a DRE, o Balanço Patrimonial também é um relatório que indica a situação financeira do negócio. Por isso, muita gente acaba confundindo os dois, mas eles são documentos diferentes. 

Apesar de terem similaridades, já que ambos são um levantamento completo sobre todos os bens da empresa e suas fontes de renda e investimento, eles têm objetivos distintos. A DRE traz a relação entre receitas e despesas, enquanto o Balanço Patrimonial faz um levantamento de ativos e passivos.

Como fazer uma DRE?

O primeiro passo para fazer uma DRE é contar com um contador de confiança. Isso porque, segundo a  lei no 6.404/1976, o documento deve ser assinado por um profissional credenciado ao Conselho Federal de Contabilidade para que tenha validade.

Se você é cliente Agilize, já não precisa se preocupar com esse passo. Além de cuidar de toda a contabilidade da sua empresa, a gente oferece o serviço de emissão de DRE. E o melhor de tudo é que ele é realizado por contadores especializados em lidar com essa demonstração!

Para fazer uma DRE, você deve disponibilizar para o seu contador o relatório de todos os débitos, créditos, impostos e receitas ao longo do ano em questão. Por isso, é fundamental manter o controle financeiro da empresa sempre em dia, controlando e documentando todas as operações financeiras do negócio. Assim, quando chegar a hora de emitir o documento, você não precisa correr atrás de todas essas informações de uma só vez. Já imaginou a dor de cabeça? 

O hábito de controlar as finanças, além de evitar esse desespero, ainda ajuda você a não passar informações erradas para a contabilidade, o que pode gerar penalidades vindas da Receita Federal e atrapalhar a análise gerencial do relatório.

Depois de fornecer todas essas informações para o seu contador, você não precisa fazer mais nada. Os próximos passos do trabalho ficam por conta dele!

De quanto em quanto tempo devo fazer um DRE?

Agora que você já sabe o que é DRE e entende que essa demonstração é uma obrigação de muitas empresas, deve estar se perguntando sobre a periodicidade da emissão do documento. Segundo a lei, a DRE deve ser feita anualmente, sempre após o encerramento do ano-exercício.

Isso quer dizer que a DRE deve ser emitida, pelo menos, uma vez por ano, o que não significa que você não pode fazer o documento com mais frequência. 

Em algumas empresas, a DRE é emitida trimestralmente para fins gerenciais. Assim, os gestores têm acesso facilitado a informações atualizadas sobre o negócio e podem usá-las como base para tomada de decisões.

Qual a estrutura da DRE?

Apesar de existirem modelos prontos de estrutura da DRE, ela pode ser adaptada conforme as necessidades do seu empreendimento, tendo itens acrescentados ou retirados, a depender do caso.

Mas, basicamente, a estrutura completa da DRE pode conter:

  • Receita Bruta;
  • Tributos: Impostos sobre a receita, Devoluções e Descontos;
  • Receita Líquida;
  • Custos dos Produtos Vendidos (CPV) ou Custo de Mercadorias Vendidas (CMV);
  • Lucro Bruto;
  • Despesas: Vendas, Gerais e Administrativas;
  • Lucro Operacional;
  • Resultado Financeiro;
  • Lucro Antes do Imposto de Renda;
  • Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido;
  • Lucro Líquido.

A seguir, vamos falar com mais detalhes sobre cada um desses pontos, para que você entenda como e por que incluí-los na DRE da sua empresa.

Como falamos, a sua realidade pode pedir mais ou menos pontos. Porém, a verdade é que, independentemente do seu segmento de mercado, quanto mais detalhada a estrutura da DRE for, melhores análises e métricas poderão ser obtidas.

E o contrário também é verdade: quanto mais enxuta, menos dados poderão ser extraídos para contribuir com a sua tomada de decisão.

Agora vamos falar sobre cada um dos pontos da estrutura da DRE.

Receita Bruta

Receitas são todos os valores positivos que a empresa recebe. Então, devem ser acrescentadas todas receitas resultantes de:

  • Vendas de produtos ou serviços;
  • Recebimento de juros;
  • Retorno de dividendos ou royalties, que basicamente se referem ao retorno financeiro pelo uso de uma propriedade ou direito de uso.

Tributos: impostos sobre a receita, devoluções e descontos

Nesta etapa, é preciso informar quais impostos a empresa paga, como ISS (Imposto Sobre Serviço) para prestadores de serviços, e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria) para venda de produtos físicos. 

Além disso, descontos e devoluções (caso o consumidor peça reembolso) também devem ser registrados. 

Receita Líquida

A Receita Líquida nada mais é do que a subtração dos dois itens anteriores — os tributos menos a receita bruta.

Custos dos Produtos Vendidos

Como o nome sugere, são todos os custos para a fabricação de um produto, como:

  • Matéria-prima;
  • Logística;
  • Mão de obra e outros gastos.

Além do Custo dos Produtos Vendidos (CPV), outros como Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) e Custo dos Serviços Prestados (CSP) também devem ser incluídos.

Lucro Bruto

O lucro bruto é o valor resultante da subtração entre a receita líquida e os custos de produção, os dois itens anteriores. 

Despesas: Vendas, Gerais e Administrativas

Todos sabem que não basta apenas fabricar um produto e esperar que os compradores “caiam do céu”. É preciso divulgar o produto por meio da contratação de estratégias de Marketing e Publicidade e investir na logística de entregas. 

Ao mesmo tempo, é necessário considerar o salário dos funcionários, comissões sobre vendas, despesas com estabelecimento comercial, como aluguel, energia elétrica e água, por exemplo.

Lucro Operacional

De modo extremamente objetivo e essencial, o lucro operacional é a diferença entre o lucro bruto e as despesas citadas acima. O lucro operacional tem como objetivo permitir uma análise mais completa do resultado operacional do negócio.

Resultado Financeiro

O resultado financeiro é simplesmente a soma de todos os juros que foram pagos naquele determinado período pela empresa em decorrência de dívidas, por exemplo. Além disso, o montante recebido pela empresa através de rendimentos com investimentos financeiros também deve ser acrescentado.  

Outras operações financeiras realizadas pela empresa, como “hedge cambial”, entram nesta etapa da estrutura da DRE. Caso você não saiba o que significa hedge cambial, ele é um mecanismo de proteção para valores comercializados em moedas estrangeiras. 

Resumidamente, o hedge garante que, ao vender produtos em dólar, por exemplo, você não tenha prejuízo caso a cotação da moeda caia.

Lucro Antes do Imposto de Renda

Considerando que, geralmente, o valor de impacto do Imposto de Renda sobre o lucro total das empresas é o que mais afeta o faturamento, com um total de 34%, para descobrir o valor total obtido antes do IR, basta subtrair 34% nesta etapa. 

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido

Aqui, consideramos a dedução, propriamente dita, do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sobre o lucro absoluto da empresa. 

Lucro Líquido

Passando por todas estas etapas, o que resta é o lucro, ou resultado líquido, ou seja, o valor total que pode servir como remuneração para o empresário envolvido e seus sócios, caso existam. 

Ainda, o valor pode ser usado para reinvestimentos, quitação de dívidas, pagamentos, ampliações e reformas, caso sejam necessárias para a empresa no momento.

Se o valor total for negativo, é o mesmo que dizer que a empresa apresentou prejuízos naquele período. Ou, se positivo, a empresa lucrou. Em contrapartida, caso o valor final encontrado seja zero, isso significa que o empreendimento se encontra em um ponto de equilíbrio.  

Porque entender a estrutura da DRE é importante?

Viu como a DRE reúne todas as informações sobre as finanças da empresa? Não ter um modelo de organização como esse é como ficar “atirando no escuro”, como diz o ditado popular — ou seja, é impossível definir qual a margem de progresso e evolução do negócio. 

Então, é essencial que você, empreendedor ou prestador de serviços, entenda a estrutura da DRE e saiba como analisá-la de modo a tomar as melhores decisões possíveis e manter a saúde financeira do seu negócio em perfeito funcionamento. 

Afinal, por meio dela será possível verificar a eficácia de suas estratégias financeiras e identificar pontos de melhoria para alcançar lucros e evitar prejuízos. 

Além disso, por ser um cálculo do resultado financeiro líquido, a DRE permite que a empresa estabeleça metas financeiras e compare resultados durante diferentes períodos de tempo, para acompanhar o seu crescimento e lucratividade. 

Como analisar DRE?

Após preenchida, é importante reservar tempo para analisar os resultados da sua DRE. Para isso, existem alguns modelos de análise, como:

  • Análise Horizontal;
  • Análise Vertical;

A primeira, de modo Horizontal, visa entender o crescimento ou redução dos valores com o passar do tempo, que podem ser meses ou anos. Deste modo, todas as diferenças gritantes entre os valores podem ser entendidas facilmente e analisadas conforme dados em épocas passadas correspondentes.

A Análise Vertical, por sua vez, considera o resultado final e quais percentuais das contas da DRE contribuíram para que o seu valor fosse este. Com a análise, é possível comparar cada percentual conforme anos anteriores, além de identificar o impacto que o mesmo item teve em cada período para que o resultado final fosse atingido.

Como essa análise pode ajudar a empresa?

Essa análise possibilita tomadas de decisão mais certeiras, além de disponibilizar as informações necessárias para que a equipe financeira ou de gestão invista em recursos que contribuirão para o desenvolvimento da empresa. 

Além disso, com estes dados reais acerca dos lucros e prejuízos, é possível validar estratégias e replicar as que obtiveram sucesso, tornando a margem de erros e danos menores.

Apesar de existir a possibilidade de você mesmo, como responsável pela empresa, analisar os resultados de uma estrutura DRE, esta opção nem sempre é viável. 

Afinal, você já tem inúmeras responsabilidades e assumir o papel de uma equipe de contabilidade tomará tempo e, provavelmente, tirará o seu foco das estratégias produtivas e liderança. 

Por isso, a melhor opção, sem dúvidas, é terceirizar a função e deixá-las nas mãos de profissionais capacitados e experientes no ramo contábil, como é o caso da equipe Agilize.  

Conte com a Agilize!

Você não precisa sofrer com os processos contábeis da sua empresa! A gente está à sua disposição para fazer a DRE e todas as outras demonstrações da sua empresa.

Com mais de 10 anos de experiência no mercado e mais de 20 mil clientes satisfeitos, podemos ajudar a sua empresa a crescer e manter a saúde financeira. 

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