Grandes Empreendedoras Brasileiras: conheça e se inspire com essas 4 histórias!
Se quando você ouve falar em negócios imagina logo um homem de terno e pasta na mão trabalhando em um escritório, está na hora de abrir um pouco mais a mente. Foi-se o tempo em que os homens dominavam o mundo dos negócios e se destacavam mais do que as mulheres.
Ao longo dos últimos anos, elas vêm tomando o protagonismo para si e desafiando uma sociedade que, infelizmente, ainda desvaloriza os esforços femininos.
Aproveitamos o mês de março, época em que se discute muito a importância das mulheres e as suas conquistas desde o início da luta pelo equilíbrio da balança, para trazer aqui alguns exemplos inspiradores de mulheres que se desafiaram, confiaram no seu potencial e enfrentaram todas as dificuldades que encontraram para criar negócios de sucesso.
Como as mulheres vêm conquistando espaço no mundo dos negócios?
Seja pelo desejo por independência financeira ou por propósitos pessoais, as mulheres estão tomando cada vez mais espaço no mundo dos negócios. O empreendedorismo ainda é, em sua maioria, realizado por homens, mas o número de mulheres vem crescendo – segundo um relatório da MindMiners, 59% dos empreendedores do mundo são homens e 41% são mulheres.
Mas no Brasil o número de mulheres empreendendo é mais expressivo. De acordo com dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020, um relatório feito em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o nosso país tem cerca de 30 milhões de empreendedoras em um universo de 52 milhões de empreendedores.
Isso torna o Brasil o sétimo país com maior número de empreendedoras – os seus segmentos preferidos são moda, beleza e alimentação.
A quantidade de mulheres empreendendo traz esperança para quem sonha com equidade no mercado. As mulheres são as que mais empregam outras mulheres e, hoje, cerca de 73% dos empreendimentos liderados por elas no país são majoritariamente femininos.
Além disso, elas são mais inovadoras. Uma pesquisa feita pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que empresas lideradas por mulheres são mais ágeis na hora de implementar inovações e digitalizar operações.
Desafios enfrentados por mulheres no empreendedorismo
Mesmo com números animadores, as mulheres ainda enfrentam muitos desafios para conquistar espaço no mundo dos negócios. Um deles é a dificuldade de acesso a crédito. Um relatório de 2021 aponta que, no Brasil, somente 0,04% do volume investido em startups foi destinado a empresas lideradas por mulheres.
Outra pesquisa, o Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, mostrou que mulheres empreendedoras acessam menos programas de aceleração do que homens, além de receberem menos investimentos e terem negócios com menos chances de sobreviver aos primeiros anos, quando as empresas ainda não ganharam tração.
Outro dado intrigante é que as mulheres pagam taxas de juros maiores em comparação com os homens, mesmo tendo taxas de inadimplência menores.
Mas será que investir em negócios liderados por mulheres é mais arriscado? Ou será que é só achismo?
De acordo com o Boston Consulting Group, cada dólar recebido por uma mulher empreendedora gera mais receita que o mesmo dólar nas mãos de um homem. Para cada dólar recebido, as mulheres geraram 78 centavos de receita e, os homens, apenas 31 centavos.
Além disso, uma reportagem da Forbes aponta que empresas fundadas por mulheres têm desempenho 63% maior do que aquelas fundadas por homens e equipes lideradas por mulheres geram um retorno de investimento 35% maior do que as equipes exclusivamente masculinas.
Sendo assim, podemos colocar as consequências de uma sociedade patriarcal como principais obstáculos enfrentados pelas mulheres empreendedoras. Você que é mulher e empreende, concorda?
Conheça 4 empreendedoras de sucesso
Mesmo em um cenário em que é tão difícil empreender, as mulheres ainda conseguem surpreender com bons resultados e números crescentes, mostrando a sua força e determinação.
Hoje, para te inspirar, vamos mostrar aqui 4 exemplos de mulheres que, mesmo com todas as dificuldades, conseguiram se destacar no mundo dos negócios.
Cristina Junqueira – Sócia Fundadora do Nubank
Cristina nasceu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e foi criada no Rio de Janeiro. Se formou em Engenharia de Produção na USP, mas começou uma carreira no mercado financeiro trabalhando no LuizaCred, antigo braço de financiamentos da Magazine Luiza.
Depois de fazer um MBA nos Estados Unidos, ela voltou para o Brasil e foi trabalhar no Itaú Unibanco, gerenciando um time de 20 pessoas mais velhas que ela. Ainda antes dos 30 anos, foi convidada para desenvolver um projeto para o banco na área de cartões.
Cristina levava ideias inovadoras para o projeto, mas elas não eram acatadas. Frustrada, ela levou suas ideias para o empresário colombiano David Vélez, que estava se preparando para fundar o que hoje vem a ser o Nubank.
Há cerca de um ano, ela assumiu a presidência da operação brasileira da empresa, maior fintech brasileira. O Nubank já atingiu a marca de US$ 52 bilhões em valor de mercado após sua estreia em Wall Street e, no momento da abertura do capital, Cristina estava grávida do terceiro filho – provando que sim, é possível ser uma mulher de sucesso e ter uma família.
Regina Tchelly – Favela Orgânica
O Favela Orgânica é uma iniciativa que teve início em comunidades na zona sul do Rio de Janeiro, em setembro de 2011. Com apenas R$ 140, Regina Tchelly tinha um único propósito – transformar as relações das pessoas com os alimentos, evitando o desperdício e cuidando do meio ambiente.
O projeto promove palestras e oficinas para ampliar a visão das pessoas sobre alimentos e ensina a valorizar partes que normalmente são descartadas, como talos, cascas e sementes. Com eles, as pessoas aprendem a fazer novos pratos, aumentam a qualidade de sua alimentação, evitam o desperdício e incorporam novos sabores ao cotidiano.
A Favela Orgânica entende que, quando se aproveita os alimentos integralmente, é possível gerar mais comida com a mesma quantidade de alimentos comprados.
Segundo relatório do Instituto Akatu com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e do Embrapa, o Brasil joga fora 26,3 milhões de toneladas de comida por ano – o que corresponde a uma média de 130 kg de alimentos por família. Com essa quantidade, é possível alimentar 11 milhões de brasileiros que sentem fome.
Quem está por trás do projeto é Regina Tchelly, paraibana que se mudou para o Rio de Janeiro para trabalhar como empregada doméstica e vive no Morro da Babilônia. Os R$ 140 que ela usou para dar início ao Favela Orgânica foram arrecadados com os moradores da comunidade depois que ela percebeu a grande quantidade de comida que era jogada fora nas feiras livres e sentiu que precisava fazer algo a respeito.
Com o dinheiro arrecadado, ela começou a primeira turma do projeto. Em 20 encontros, ela ensinou os alunos a fazerem receitas reaproveitando alimentos, a criar composteiras e cultivar hortas em pequenos espaços. A primeira turma tinha seis alunos e, ainda antes da pandemia, 60 pessoas já participavam das novas turmas.
Pelo seu propósito e contribuição social, o Favela Orgânica já atraiu chefs de diversas partes do país e ganhou o seu próprio programa de receitas na televisão.
Camila Achutti – fundadora da Mastertech
Aos 25 anos, Camila Achutti já era dona de duas startups com foco em inovação e investimentos milionários. Uma delas é a Ponte 21 e, a outra, a Mastertech, uma plataforma de educação voltada para o desenvolvimento de habilidades do século 21.
A plataforma tem três vertentes: tecnologia, UX e design de negócios. Os formatos de aprendizado também variam. O Boot Camp é o mais imersivo, mas também dá para fazer cursos e workshops.
Em 4 anos, a Mastertech teve 150 clientes corporativos, criou um laboratório de práticas ágeis e pesquisa e se consolidou como uma das principais escolas livres de tecnologia no país.
Camila Achutti, uma das fundadoras do projeto, foi nomeada Forbes Under 30 ainda em 2017 e, mesmo com o sucesso na profissão, diz que ainda sofre por ser mulher em um meio predominantemente masculino.
Zica Assis – Instituto Beleza Natural
Antes de fundar o Instituto Beleza Natural, Zica Assis foi babá e faxineira. Ela nasceu no Rio de Janeiro e sempre sofreu preconceito por causa do seu cabelo black power, do qual se orgulhava, mas se rendeu ao alisamento para conseguir um emprego.
Inconformada com a ditadura do cabelo liso, ela passou 10 anos pesquisando fórmulas para tratar os seus cabelos e preservar suas origens. Em 1993, ela fundou, junto com seus sócios, a primeira unidade do Instituto Beleza Natural, que hoje é a maior rede especializada em cabelos cacheados, crespos e ondulados do Brasil.
A empresa tem 34 unidades em operação no Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, além de uma fábrica própria. Por mês, passam pelos salões mais de 100 mil clientes e a equipe é formada por 2 mil colaboradores.
O instituto Beleza Natural oferece mais de 20 serviços profissionais pensados exclusivamente para esses tipos de fio e mais de 60 produtos de sua linha própria.
Bônus para você se inspirar e participar
Se você é uma mulher empreendedora, não pode deixar de conhecer a Rede Mulher Empreendedora, a primeira rede de apoio para empreendedoras no Brasil. O projeto nasceu durante o Programa 10 Mil Mulheres, da FGV. quando Ana Fontes, sua idealizadora, teve a ideia de criar um blog sobre medos, desafios e dúvidas do empreendedorismo feminino.
A Rede Mulher Empreendedora foi uma evolução natural do blog e é focada na capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade. De 2010 até hoje, mais de 750 mil mulheres já foram impactadas pelas ações do projeto, que tem como principal objetivo fomentar o empreendedorismo feminino e ajudar mulheres que querem ser protagonistas das suas próprias caminhadas.
Para isso, a RME promove eventos anuais, mensais, cursos intensivos e programas de aceleração, além de fazer ponte entre negócios de mulheres e grandes empresas.
Se você gostaria de participar doando o seu tempo e conhecimento, pode se cadastrar como voluntária no site do projeto. É possível contribuir escrevendo para o blog da RME, se voluntariando para dar aulas e palestras e até doando cestas básicas.
Ana Fontes – Rede Mulher Empreendedora
Ana Fontes é hoje uma das mulheres mais conhecidas do ecossistema de empreendedorismo brasileiro. Começou sua carreira trabalhando com marketing, mas optou por procurar um ambiente de trabalho mais acolhedor para conseguir ficar mais próxima das suas filhas.
O seu primeiro projeto foi um sistema de avaliação de serviços, chamado Elogie Aqui, que foi selecionado pela FGV para o seu Programa 10 Mil Mulheres. Foi a partir dessa experiência que ela teve a ideia de criar um blog e a Rede Mulher Empreendedora, para ajudar e capacitar mulheres que, assim como ela, têm o sonho de ter o seu próprio negócio.
Nos últimos anos, o seu trabalho vem sendo cada vez mais reconhecido. Somente em 2020, ano de início da pandemia, mais de R$ 40 milhões foram captados com parceiros para promover iniciativas de geração de renda para mulheres.
Saiba como a Agilize pode te ajudar na sua jornada empreendedora!
A Agilize é a primeira contabilidade online do Brasil e, desde a sua fundação, está ao lado de mulheres empreendedoras. Nós valorizamos a equidade e justiça, tanto entre os gêneros, como entre as próprias mulheres. Para nós, todas as mulheres devem ser valorizadas da mesma forma, independentemente de sua raça, cor, origem, religião, sotaque ou classe social.
Se você tem o sonho de empreender, conte com a gente para tirar esse sonho do papel! Oferecemos serviços completos de contabilidade e abertura de empresa. A gente cuida de toda a parte burocrática para que você foque os seus esforços no que realmente importa, que é o crescimento do seu negócio.
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