Empreendedorismo Social: o que é e como vem mudando a realidade do Brasil

O empreendedorismo social veio para causar um impacto positivo em toda a sociedade. Muito além do objetivo de criar e comercializar produtos ou serviços lucrativos, o empreendedorismo social levanta fundos para melhorar a qualidade de vida dos moradores de uma comunidade específica. 

Para atualizar você sobre essa modalidade de empreendedorismo que tem gerado grandes oportunidades no contexto brasileiro, desenvolvemos este artigo completo. Boa leitura!

O que é empreendedorismo social

Como o próprio nome sugere, o empreendedorismo social tem como principal objetivo transformar ou resolver determinados problemas sociais da comunidade em que está inserido. 

O termo teve sua popularização após o lançamento do livro “The Rise of The Social Entrepreneur” do autor Charles Leadbeater, em 1997. 

As iniciativas se baseiam na identificação e resolução de questões relacionadas ao meio ambiente, déficit educacional, falta de acesso à informação e atendimento médico, desemprego, exclusão de minorias e outros temas.

Neste caso, o principal ganho não é o financeiro, como acontece no empreendedorismo tradicional, mas sim o resultado positivo de ajudar outros e minimizar ou anular o sofrimento alheio diante de uma questão específica.

Apesar de ganhos financeiros não serem o foco de uma pauta social, eles podem aparecer como uma consequência do sucesso do produto ou serviço desenvolvido. Quando isso acontece, o lucro é usado para melhorias e compensação de despesas com o projeto. 

Além disso, muitos empreendimentos sociais disseminam novas oportunidades de trabalho, com vagas geralmente destinadas a grupos marginalizados, como moradores de rua e dependentes químicos, por exemplo.

Em resumo, o empreendedorismo social é um modo de reduzir a desigualdade social e seus impactos em um determinado grupo, bairro, cidade ou sociedade nacional. 

Ele une características como inovação, gestão e criatividade para desenvolver novos planos de negócio focados em transformar vidas e resolver problemas sociais. 

O que é ser um empreendedor social?

Ser um empreendedor social é estar à frente de projetos e planos de negócio baseados no bem-estar social. É estar comprometido e disposto a presentear outras pessoas com melhores oportunidades e condições de vida. Além disso, o empreendedor social não prioriza os lucros financeiros do seu trabalho, mas sim o impacto gerado. 

Por isso, os empreendedores sociais compartilham um perfil proativo, criativo e solucionador, sempre mantendo a boa gestão dos recursos obtidos para o reinvestimento no empreendimento, a fim de mantê-lo sustentável. 

Mulher pensando sobre o empreendedorismo social

Quais são as características de um empreendedor social?

Empreendedores sociais apresentam grandes diferenciais como seres individuais e sociais: são comprometidos com grandes causas e usam a empatia e propósito de vida como motivadores para participarem em transformações sociais. 

Ao mesmo tempo, são ambiciosos e perseverantes, buscando gerar grandes ideias, que rendam iniciativas e planos de mudança em larga escala, com o objetivo de resolver grandes causas sociais, independentemente do seu grau de dificuldade. 

Algumas características predominantes nos empreendedores sociais são:

  • olhar atento às necessidades ao seu redor, bem como à população mais carente;
  • defender e se posicionar perante causas sociais;
  • demonstrar empatia, solidariedade e sede por mudanças;
  • gostar de gerir, inovar e criar;
  • acreditar que sua iniciativa pode inspirar outros e promover melhorias sociais.

Qual a função do empreendedorismo social?

Quando existem cortes de verba ou baixo investimento público em setores essenciais, por exemplo, muitas pessoas são afetadas e se tornam socialmente carentes. Por isso, a principal função do empreendedorismo social é identificar e executar soluções para questões sociais que, inicialmente, deveriam ser cuidadas pelo Estado. 

Diante disso, surgiu o empreendedorismo social em 1980, com o norte-americano Bill Drayton, com o objetivo de atender as necessidades de populações em condição social precária.

Com a popularização e incentivo ao empreendedorismo tradicional, juntamente com a crescente preocupação social em busca de igualdade e oportunidades, os dois conceitos se uniram, resultando em uma nova modalidade de levantamento financeiro para o investimento em causas sociais. 

O empreendedorismo social não depende do auxílio do governo ou da sensibilização da população para ser financiado — seu principal objetivo é a autossuficiência e desenvolvimento de um plano de negócios viável, que mantenha seu bom funcionamento.

Esse cenário apresenta oportunidades de escalar o negócio e fazer com que a iniciativa tome proporções ainda maiores, beneficiando ainda mais comunidades.

Uma das maneiras de ampliar o alcance de iniciativas sociais locais é por meio da parceria com empresas atentas às ações sociais, que podem trazer visibilidade e replicar tais projetos em outras comunidades. 

O resultado é o ganho para as empresas, com títulos de responsabilidade social, e a transformação de muitos outros grupos carentes, trazendo realização pessoal e profissional aos envolvidos no projeto. 

Qual a importância e impacto para a sociedade?

O principal impacto social gerado por este modelo de empreendimento é a garantia de bem-estar e qualidade de vida para comunidades e grupos em condições precárias. Os benefícios de iniciativas assim vão desde a democratização da informação e acesso à cultura até a redução da fome e desemprego.

Transformando esses benefícios em métricas, 622 milhões de pessoas já foram positivamente impactadas por iniciativas de empreendedorismo social ao redor do mundo. É o que indica um relatório da Fundação Schwab, associação que promove modelos de empreendedorismo social, divulgado no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça,

Além disso, o empreendedorismo social estimula a geração de renda, desenvolvimento de soluções inovadoras e, principalmente, mudanças sociais.

Qual o papel do empreendedorismo social no Brasil?

O impacto social desta modalidade de empreendimento é tão importante e eficaz que, desde 2005, a Folha de São Paulo, juntamente com a Fundação Schwab, promove o concurso Empreendedor Social

Este é, atualmente, o maior da América Latina, que tem como missão “selecionar, premiar e fomentar os líderes socioambientais mais empreendedores do Brasil”.

O empreendedorismo social no Brasil é indispensável, visto que a desigualdade social, desemprego e quantidade de comunidades carentes são gritantes . 

Em 2021, com mais um ano de pandemia da Covid-19, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a taxa média de desemprego no Brasil foi de 14,4% no trimestre móvel de dezembro a fevereiro. Isso quer dizer que 14,4 milhões de pessoas estão buscando trabalho no país. Esse é o maior contingente desde 2012, quando começou a série histórica.

Por isso, iniciativas de empreendimentos sociais precisam continuar, como o Instituto Decisão de Apoio Social (Idas), que acolhe, abriga e prepara homens em situação de rua e vulnerabilidade social de 18 a 59 anos a fim de reinseri-los na sociedade, disponibilizando cursos e treinamentos profissionais.

Assim, cada vez menos cidadãos viverão marginalizados, excluídos ou carentes socialmente. 

Os três componentes do empreendedorismo social

homens falando sobre o empreendedorismo social

Assim como qualquer outra ideia em desenvolvimento, antes de ser consolidada, uma iniciativa de empreendedorismo social precisa passar por três etapas ou pilares principais, conforme você verá a seguir.

O diagnóstico

Antes de qualquer outra coisa, é preciso identificar o problema a ser solucionado por meio de um empreendimento social. 

Qual é a principal injustiça ou desigualdade enfrentada pelo grupo social em questão? Quais os prejuízos causados ao ambiente, grupo ou sociedade geral?

Para se certificar de que o grupo em questão é realmente afetado, basta observar se seus indivíduos têm condições financeiras ou políticas para resolverem o problema sozinhos. Caso seja constatado que não têm, é sua oportunidade de ajudar.

Esses são alguns exemplos de problemas que podem ser solucionados com o empreendedorismo social:

  • exclusão digital e falta de acesso à informação;
  • moradias precárias ou inexistentes;
  • falta de acesso à educação, educação de má qualidade ou analfabetismo;
  • desnutrição e fome;
  • violação aos Direitos Humanos;
  • falta de atendimento médico ou condições precárias de tratamentos de saúde;
  • desemprego ou condições de emprego análogas à escravidão;
  • desmatamento, poluição, maus tratos aos animais, falta de saneamento básico;
  • exclusão social de minorias como negros e pessoas com deficiência;
  • e muitas outras situações.

Estes são apenas alguns exemplos de problemas sociais que podem ser solucionados. Basta olhar à sua volta e analisar a realidade da sua comunidade ou cidade: qual o maior problema identificado e como um empreendimento social poderia ajudar?

A identificação da oportunidade

Feito um diagnóstico apropriado e confiável, a fim de alinhar a situação e fazer levantamentos interessantes, é o momento de desenvolver oportunidades de negócio e empreendimentos que transformem a vida das pessoas dessa comunidade. 

Não pense que, nesta etapa, o empreendedor precisa desenvolver uma boa ideia sozinho. Quanto maior o problema e sua vontade de resolvê-lo, mais pessoas se sentirão inspiradas a se juntar ao empreendedor para trazer mudanças. 

Por isso, ele pode buscar a ajuda de outras pessoas que têm a mesma solidariedade e sede por mudança para desenvolver ideias de negócios sustentáveis.

A criação de uma nova realidade

Com a ideia desenvolvida e validada, o empreendedor e seus associados podem buscar por investidores e parceiros iniciais, para que o empreendimento saia do papel e se transforme em um negócio palpável. 

Para isso, é preciso desenvolver seu plano de negócios, como no empreendedorismo tradicional, e deixar claro como o negócio se auto sustenta, além de estruturar seu pitch de vendas, para atrair e convencer empresas e organizações a investirem no seu projeto. 

Alguns passos essenciais para criar um projeto de empreendedorismo social são:

  • encontrar sua causa em uma área específica em necessidade;
  • combinar as habilidades que você já tem à iniciativa;
  • desenvolver um plano de negócios a fim de monetizar a sua ideia e trazer autonomia ao projeto;
  • buscar apoio para o capital inicial por meio de campanhas de financiamento coletivo;
  • aprender a gerenciar o negócio da melhor forma, para ele crescer e ser escalável.

O resultado, após a implementação da ideia e sua execução estratégica, é a redução da desigualdade e a minimização dos problemas sociais antes identificados. 

Por fim, o grupo ou comunidade terá mais qualidade de vida e sairá da situação de carência antes inserido.

Os lucros, neste caso, serão apenas uma consequência positiva da ação social e serão usados para financiar e dar manutenção ao projeto, além de expandi-lo e ajudar outras comunidades necessitadas.

Os focos de atuação do empreendedorismo social

O empreendedorismo social predomina em determinadas áreas, como:

  • educação, em vertentes como alfabetização;
  • moradia sustentável;
  • reciclagem e energias limpas;
  • bom uso dos recursos naturais, bem como a água e terras;
  • tratamentos de saúde viáveis e de qualidade;
  • diversidade social e cultural;
  • garantia dos direitos humanos em geral e muitas outras. 

Todos esses são pontos de atenção e universos repletos de oportunidades de negócios e melhorias sociais. 

Para ficar mais claro, porém, como as ações podem ser consolidadas na prática, continue lendo e veja o tópico seguinte!

Ações práticas do empreendedorismo social

Uma ação só pode ser considerada como solução dentro do empreendedorismo social se:

  • solucionar os problemas continuamente e não apenas de forma pontual;
  • e for auto sustentável, independentemente do tempo.

Diante destas exigências, muito planejamento, tempo e estruturação estão envolvidos, a fim de agregar valor e definir métricas sólidas para acompanhar sua evolução, desempenho e nível de eficácia.

Além disso, um dos objetivos do empreendedorismo social é tornar os grupos e comunidades autônomas, de modo que não dependam mais de nenhuma instituição para evoluir e manter a qualidade de vida.

No Brasil, por exemplo, segundo um levantamento feito pelo Sebrae em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado em 2018, existem mais de 800 negócios de impacto social. Destes:

  • 51% têm menos de um ano de operação;
  • 70% atuam no setor de serviços;
  • 28% dos negócios estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste;
  • 45% dos negócios são administrados por mulheres;
  • 36% dos empreendedores sociais têm entre 26 e 35 anos;

Trabalhadores das periferias podem receber capacitação, além de facilidade na obtenção de crédito, acesso à saúde e à educação com a ajuda de empresas sociais, que utilizam a tecnologia e inovação para melhorar o mundo.

Como as novas tecnologias ajudam o empreendedorismo social

Mulheres conversando sobre o empreendedorismo social

As tecnologias, por sua vez, têm um impacto enorme na realização de empreendimentos sociais e viabilização de projetos, já que possibilitam o contato com investidores, colaboradores e parceiros de várias partes do mundo. 

Além disso, graças à tecnologia, locais remotos ou de difícil acesso podem ser beneficiados, tendo seus moradores libertos da exclusão tecnológica e falta acesso à informação. 

Aplicativos, redes sociais, blogs e plataformas têm sido criados para resolver problemas locais, como é o caso do aplicativo Livox, destinado à comunicação alternativa, baseado em inteligência artificial para dar voz para as pessoas com deficiência.

Criado em 2011 pelo casal Carlos e Aline Pereira, o Livox surgiu a partir da necessidade de sua filha, Clara, que nasceu com paralisia cerebral e dificuldade para se comunicar. 

Com o aplicativo, ela e outras crianças com deficiência conseguem se comunicar e expressar seus sentimentos apenas piscando os olhos.

Com todas as ferramentas e tecnologias existentes, é possível inovar no campo do empreendedorismo social e equilibrar a inteligência artificial e humana para trazer soluções e minimizar problemas. 

Como os empreendedores sociais mantêm o equilíbrio financeiro? 

Como qualquer empreendimento, o social também precisa se equilibrar financeiramente e trazer lucros, a fim de se manter sustentável e não depender do financiamento e investimento de organizações terceiras.

É por meio do retorno financeiro que os colaboradores e funcionários serão pagos, além de cobrir despesas e permitir o reinvestimento no negócio, para trazer melhorias. 

Segundo o 3º Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, relatório divulgado em 2021 pela Pipe, de 1.272 negócios avaliados, apenas 20% já são negócios sustentáveis

financeiramente e, em 2019:

  • 40% não tiveram faturamento;
  • 29% faturaram até R$100 mil;
  • 8% obtiveram lucro de R$101 mil a R$500 mil;
  • 3% alcançaram de R$501 mil a R$1 milhão;
  • 3% conseguiram um lucro de R$1,1 milhão a R$2 milhões; 
  • 3% lucraram mais de R$2,1 milhões;
  • 14% não declararam.

O Relatório Nacional ainda afirma que “o volume de negócios mapeados ainda se vê maior que a oferta de recursos e apoios disponíveis no ecossistema, já que metade da base mapeada ainda não acessou doações e investimentos e, tampouco, programas de aceleração e incubação”. 

Investimento inicial no empreendimento social

Como o investimento inicial é essencial para a realização do projeto, muitos empreendedores iniciam sua empreitada em campanhas de financiamento coletivo, à procura de investidores, aceleradoras, incubadoras de projetos ou instituições financeiras.

O Mapa ainda classificou pontos em comum para que os empreendimentos sociais conseguissem seu investimento inicial e ajuda financeira de terceiros. 

Algumas características encontradas foram:

  • eles tendem a estar nas capitais, em etapas mais maduras da jornada;
  • utilizam tecnologias inovadoras em sua solução;
  • já foram acelerados pelo menos uma vez;
  • já receberam premiações e reconhecimentos no Brasil ou no exterior;
  • estão atualmente em rodadas de captação de recurso;
  • têm implantadas ferramentas de governança e controles internos;
  • acompanham o impacto que geram;
  • alguns já internacionalizaram suas operações.

Fica claro então que, para ter sucesso e conseguir, de fato, apoio financeiro, é preciso esforço e boa gestão empresarial, além de uma proposta que seja interessante e mostre exatamente como o retorno financeiro acontecerá, além de como os resultados e impactos serão medidos na sociedade.

Qual a diferença entre o empreendedorismo social e o empreendedorismo tradicional?

É importante saber diferenciar o empreendedorismo social e o empreendedorismo tradicional empresarial, já que os mesmos apresentam motivações e causas totalmente distintas. 

Ao passo que o empreendedorismo tradicional visa lucros e retorno financeiro para os donos, sócios e investidores como motivação principal, o empreendedorismo social, como já citado, busca mudanças e impactos sociais em primeiro lugar.

Além disso, o empreendedorismo tradicional cria um produto ou serviço para uma demanda específica, ou seja, uma necessidade de mercado, diferentemente do social, que visa melhorias e garantia de qualidade de vida para um grupo ou comunidade. 

O que difere o empreendedorismo social, a assistência social e as ONGs?

Serviços e iniciativas de assistência social são completamente diferentes de iniciativas de empreendedorismo social, já que atuam para remediar os problemas sociais e não transformar o cenário.

Além disso, a maioria das campanhas sociais realizadas são feitas de modo esporádico ou sazonal. Um exemplo é a distribuição de cestas básicas para famílias carentes em datas comemorativas como o Natal. Esta atitude, por mais que ajude, de fato, as famílias, é temporária e não reverte a situação nem gera novas oportunidades. 

Em contrapartida, um empreendimento social poderia criar um sistema de horta comunitária, ensinando a população a cultivar e, posteriormente, vender os frutos da terra para gerar renda e não depender mais de ajuda de terceiros. 

Além disso, o empreendedorismo social é muito diferente das Organizações Não Governamentais (ONGs), diferentemente do que a maioria das pessoas pensa. O empreendedorismo social, por exemplo, é autossustentável e não depende de doações de outras instituições, como o governo, para se manter ativo. 

Cada ideia de negócio é traçada de modo a trazer retorno financeiro e autossuficiência a longo prazo. 

Exemplos de empreendedorismo social no Brasil

Exemplo de empreendedorismo social do projeto tamar

Agora que você já sabe exatamente o que é, como funciona e como são desenvolvidos os empreendimentos sociais, é o momento de analisar casos de sucesso que trouxeram impacto positivo para as comunidades brasileiras. 

GRAACC

O primeiro exemplo é o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, desenvolvido aqui no Brasil em 1991 em resultado do trabalho conjunto do pediatra Antônio Sérgio Petrilli, o engenheiro Jacinto Guidolin e a voluntária Lea Della Casa Mingione.

Segundo a própria Instituição, sua missão é “garantir a crianças e adolescentes com câncer, dentro do mais avançado padrão científico, o direito de alcançar todas as chances de cura com qualidade de vida”. 

O empreendimento social é mantido por meio da venda de produtos em bazares, loja virtual e doações.

Projeto Tamar

Com outra vertente, destinada à preservação de espécies de tartarugas marinhas em extinção no litoral brasileiro, o Projeto Tamar, fundado em 1980 é um grande sucesso nacional.

O projeto teve início no litoral baiano e, hoje, conta com mais de 24 polos em quase todas as regiões do Brasil, com objetivos de conservação, pesquisas aplicadas, educação ambiental e desenvolvimento local sustentável.

Os resultados são impressionantes: mais de 37 milhões de filhotes de tartaruga marinha já foram protegidos e devolvidos ao mar.

Segundo o site oficial da Instituição, o Projeto é custeado por um tripé formado pelo Governo Federal (Ministério do Meio Ambiente/ICMBio), Petrobras e o programa de auto-sustentação.

Este programa tem várias fontes de renda: a venda de produtos com a marca Tama,  o ecoturismo, por meio dos produtos e serviços oferecidos pelos Centros de Visitantes; e lojas do Projeto. 

Projeto Chapada

Desde 1997, o Projeto visa melhorar a qualidade da educação pública brasileira, garantindo que crianças de até 8 anos consigam ler e escrever, por meio da capacitação profissional continuada de professores e coordenadores. 

Melhorar os métodos de ensino utilizados nas escolas da região da Chapada Diamantina, na Bahia, é o objetivo do projeto. Segundo fontes oficiais, ele “começou atuando apenas no município de Palmeiras e hoje já soma mais de 25 municípios”. 

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