Como separar despesas pessoais das contas da empresa? 7 dicas!

Saber como separar despesas pessoais das contas da empresa é essencial para o sucesso de qualquer negócio.

Porém, muitos empreendedores, especialmente no início, enfrentam dificuldades em diferenciar suas finanças pessoais das empresariais.

Isso pode gerar confusões contábeis, prejudicar a saúde financeira da empresa e até trazer problemas legais.

Pensando nisso, neste artigo, vamos trazer algumas dicas práticas para organizar suas finanças e garantir um crescimento sustentável para o seu negócio. Acompanhe!

  1. Por que separar as finanças pessoais da empresa?
  2. Quais os riscos de misturar as finanças pessoais e empresariais?
  3. 7 dicas de como separar as finanças pessoais das contas da empresa
  4. Tenha um maior controle financeiro na sua empresa

Por que separar as finanças pessoais da empresa?

Antes de mais nada, misturar finanças pessoais com as da empresa pode parecer algo simples, mas, na prática, esse hábito pode trazer sérias consequências.

Essa separação vai além da organização; ela reflete no sucesso e na longevidade do negócio.

Para ficar mais claro, veja alguns dos principais motivos para manter as finanças separadas.

  • Facilita a gestão financeira: quando as contas estão separadas, é mais fácil identificar de onde vem o dinheiro e para onde ele vai;
  • Ajuda na tomada de decisões: sem uma visão clara da saúde financeira do negócio, as decisões empresariais podem ser prejudicadas;
  • Evita problemas fiscais: tão importante quanto, misturar finanças pode atrair a atenção de órgãos reguladores.

Quais os riscos de misturar as finanças pessoais e empresariais?

Misturar as finanças pessoais e empresariais é um erro comum entre empreendedores, mas pode trazer sérios riscos que impactam tanto o negócio quanto a vida pessoal.

A seguir, veja alguns dos principais perigos dessa prática!

Falta de controle financeiro

Quando as contas estão misturadas, fica difícil entender o que é receita ou despesa da empresa e o que é gasto pessoal.

Isso prejudica a análise financeira e pode levar a decisões erradas, como aumentar despesas quando o caixa não suporta.

Por exemplo, o empreendedor paga contas pessoais, como aluguel ou lazer, com o dinheiro do negócio, sem perceber que isso pode comprometer a operação da empresa.

Prejuízos no fluxo de caixa

Além disso, misturar as finanças pessoais e empresariais pode desestabilizar o fluxo de caixa da empresa.

Afinal, o dinheiro que deveria ser usado para pagar fornecedores, colaboradores ou investir no crescimento acaba sendo desviado para despesas pessoais.

Como consequência, faltam recursos para honrar compromissos empresariais e, em casos extremos, a necessidade de contrair dívidas para manter o negócio funcionando.

Problemas fiscais e tributários

Ao usar a conta da empresa para despesas pessoais, pode haver inconsistências na declaração de impostos.

Isso pode chamar a atenção de órgãos fiscais, como a Receita Federal, resultando em multas, penalidades ou até acusações de sonegação fiscal.

Uma dica importante é manter registros separados, o que facilita a comprovação de despesas dedutíveis e evita complicações com a legislação.

Confusão na análise de desempenho

Com finanças misturadas, fica quase impossível avaliar o verdadeiro desempenho do negócio. Nesses casos, lucros podem ser confundidos com recursos pessoais, mascarando prejuízos ou dificultando o planejamento financeiro.

Como impacto disso, o empreendedor pode acreditar que a empresa está indo bem, quando, na verdade, está operando no vermelho.

Perda de credibilidade

Investidores, bancos e parceiros comerciais costumam avaliar a organização financeira de um negócio antes de fechar contratos ou conceder financiamentos.

Por isso, uma empresa desorganizada perde oportunidades por falta de confiança. Por exemplo, bancos podem negar crédito ao perceber movimentações financeiras que não fazem sentido para uma operação empresarial.

Risco ao patrimônio pessoal

Se as finanças não forem separadas, pode ocorrer o uso indevido de bens pessoais para cobrir dívidas da empresa, ou vice-versa. 

Isso coloca em risco a segurança financeira do empreendedor e de sua família. Este é um cenário preocupante, afinal, dívidas empresariais podem ser cobradas com bens pessoais, como imóveis ou veículos.

Dificuldade de crescer o negócio

Empresas desorganizadas financeiramente têm mais dificuldade para expandir. Afinal, sem uma visão clara do capital disponível, investimentos em marketing, novos produtos ou contratações ficam prejudicados.

Por isso, ter clareza nas contas permite traçar estratégias de crescimento mais sólidas e eficientes.

7 dicas de como separar as finanças pessoais das contas da empresa

Como já deve ter ficado claro até aqui, separar as finanças pessoais das contas da empresa é um passo crucial para garantir a sustentabilidade e o crescimento do negócio.

Pensando nisso, resolvemos também trazer 7 dicas práticas que podem ajudar nessa organização. Veja:

1. Abra uma conta bancária exclusiva para a empresa

Ter uma conta-corrente separada para as movimentações empresariais é fundamental para o negócio.

Isso evita que as receitas e despesas pessoais e do negócio se misturem, facilitando o controle financeiro.

Uma dica extra para isso é pesquisar bancos que oferecem pacotes voltados para empresas com taxas reduzidas e funcionalidades úteis.

2. Estabeleça um pró-labore fixo

O pró-labore é o valor que o empreendedor define como sua remuneração fixa e mensal. Ele deve ser retirado da conta da empresa regularmente, como se fosse o “salário” do dono.

Para definir isso, baseie-se na lucratividade do negócio e nos custos pessoais essenciais, e ajuste esse valor conforme o crescimento da empresa.

3. Utilize softwares de gestão financeira

Aplicativos ou até mesmo planilhas bem estruturadas ajudam a registrar todas as entradas e saídas, tanto pessoais quanto empresariais. Assim, elas permitem a geração de relatórios, dando uma visão clara da saúde financeira do negócio e evitando confusões.

Veja um exemplo aqui:

4. Tenha um planejamento financeiro para o negócio

Crie um orçamento anual para a empresa, detalhando receitas, despesas fixas e variáveis, e uma reserva de emergência. Isso ajuda a manter o controle e evita surpresas.

Outra dica prática é revisar o planejamento periodicamente para ajustá-lo conforme a realidade do negócio.

5. Separe os comprovantes de despesas

Guarde todas as notas fiscais e comprovantes de despesas empresariais. Isso facilita a organização e também é essencial para prestar contas à Receita Federal ou em auditorias internas.

Para isso, por exemplo, crie pastas (físicas ou digitais) separadas para gastos empresariais e pessoais.

6. Contrate um contador de confiança

Um contador experiente pode ajudar a manter a empresa em conformidade com a legislação, organizar as finanças e evitar problemas fiscais.

Além disso, ele também pode orientar sobre como separar as contas de forma mais eficiente, ajudar na gestão fiscal e oferecer insights valiosos para o crescimento do negócio.

7. Evite empréstimos cruzados

É comum que empreendedores usem dinheiro pessoal para financiar a empresa, ou vice-versa. Porém, isso deve ser evitado ao máximo, pois pode causar confusão no controle financeiro.

Aqui vai uma solução: caso precise realizar esse tipo de operação, documente tudo. Por exemplo, registre o valor como um empréstimo ou aporte de capital.

Tenha um maior controle financeiro na sua empresa

O controle financeiro é a base de qualquer negócio bem-sucedido. Ele permite que o empreendedor tenha uma visão clara das receitas, despesas e lucros, ajudando na tomada de decisões estratégicas.

Além disso, uma gestão financeira eficiente evita problemas como endividamento excessivo e falta de capital para investimentos.

Organize as finanças desde o início

Desde o momento em que a empresa é criada, é fundamental separar contas pessoais e empresariais e registrar todas as movimentações financeiras.

Nesse contexto, um erro comum é adiar essa organização, o que pode gerar confusões difíceis de corrigir no futuro.

Por isso, crie um sistema simples para registrar cada transação, mesmo que seja em uma planilha ou aplicativo básico no início.

Planeje seu orçamento

Definir um orçamento é essencial para controlar os gastos e manter a empresa no caminho certo.

Nesse caso, o planejamento deve incluir projeções de receitas, despesas fixas, variáveis e uma reserva para emergências.

Com isso, o orçamento ajuda a identificar possíveis problemas antes que eles ocorram, permitindo ajustes rápidos e eficazes.

Monitore o fluxo de caixa

O fluxo de caixa é a movimentação de dinheiro na empresa, considerando entradas (receitas) e saídas (despesas).

Por isso, monitorar o fluxo de caixa diário ou semanalmente permite que o empreendedor saiba exatamente quanto tem disponível para honrar compromissos.

Estabeleça metas financeiras claras

Defina objetivos mensuráveis para o negócio, como aumentar as receitas em X% ou reduzir despesas operacionais.

Afinal, metas financeiras ajudam a manter o foco e criam um senso de direção para toda a equipe.

Invista na automatização de processos financeiros

A tecnologia pode simplificar tarefas manuais, como emissão de notas fiscais, controle de estoque e gestão de cobranças.

Isso não apenas economiza tempo, mas também reduz o risco de erros. Para isso, utilizar sistemas ERP (Sistema de Gestão Empresarial) e aplicativos de controle financeiro integrados ao banco pode ser crucial.

Realize análises periódicas

Revisar os números da empresa regularmente é essencial para identificar tendências e problemas.

Para isso, faça um balanço mensal para avaliar se as metas foram atingidas e onde é possível melhorar.

Evite a dependência excessiva de crédito

Embora linhas de crédito possam ser úteis em emergências, depender delas constantemente pode levar a problemas financeiros.

Por isso, antes de buscar financiamento, avalie se o negócio pode crescer com os recursos disponíveis.

Crie uma reserva de emergência

Imprevistos acontecem, e ter um fundo de reserva pode salvar a empresa em momentos de crise.

Por isso, o ideal é ter uma reserva de emergência que cubra pelo menos 3 a 6 meses das despesas fixas do negócio.

Em resumo, separar as finanças pessoais das contas da empresa é um hábito essencial para qualquer empreendedor que busca sucesso e sustentabilidade.

Além de evitar problemas fiscais e financeiros, essa prática proporciona clareza para a tomada de decisões e facilita o crescimento do negócio.

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