Como fazer uma boa gestão financeira para pequenas empresas em 2024
Se você tem um pequeno negócio ou está começando a empreender, é muito importante ter algum conhecimento sobre gestão financeira para pequenas empresas. Afinal, o objetivo de todo empreendimento é dar lucro e, sem esse tipo de gestão, dificilmente será possível alcançar esse resultado.
Muita gente pensa que, por gerir bem as suas finanças pessoais, têm todo o conhecimento necessário para fazer uma boa gestão de contas no negócio também. Mas não é bem assim, já que a gestão financeira de empresas tem suas particularidades.
Aqui neste artigo, vamos mostrar para você por que a gestão financeira para pequenas empresas é tão importante e explicar alguns conceitos que você precisa conhecer para fazer o melhor trabalho possível.
Vamos lá?
- O que é a gestão financeira de uma empresa?
- Vantagens de fazer uma boa gestão financeira na sua pequena empresa
- Gestão financeira: como fazer?
- Saiba como a gestão financeira influencia no seu negócio
- Dicas para facilitar a gestão financeira da sua empresa
O que é a gestão financeira de uma empresa?
É o conjunto de medidas que têm o objetivo de otimizar tudo o que se refere a dinheiro dentro do negócio. Isso inclui uma série de coisas — planejamento financeiro, controle de movimentações, análise de resultados e tomada de decisões com base em dados.
A partir desses e de alguns outros pontos, o empreendedor pode conhecer melhor o seu próprio negócio, o que traz mais previsibilidade e permite um planejamento mais acertado de ações que vão fazer com que a empresa esteja sempre dando lucro.
Na prática, a gestão financeira serve para ajudar o gestor a tomar decisões de acordo com a real situação em que o negócio se encontra. É possível decidir, por exemplo, se é hora de cortar gastos ou de fazer novos investimentos para que a empresa cresça.
Quais são as vantagens de fazer uma boa gestão financeira na sua pequena empresa?
Fazer uma boa gestão financeira para pequenas empresas só traz benefícios. Conheça os principais:
- Otimiza o controle financeiro;
- Aumenta a produtividade;
- Diminui a incidência de erros;
- Evita fraudes;
- Reduz custos;
- Evita ou minimiza prejuízos;
- Ajuda o gestor a ter mais conhecimento sobre a empresa;
- Oferece dados que servem como base para a tomada de decisão;
- Permite que a gestão tenha uma visão ampla sobre a saúde financeira do negócio;
- Facilita a gestão de crises;
- Ajuda a identificação de problemas;
- Facilita a avaliação de resultados.
E o que acontece com a empresa que não tem uma boa gestão financeira?
Por outro lado, uma empresa pode ser muito prejudicada sem uma boa gestão. Esses são alguns exemplos de consequências:
- Endividamento;
- Aumento das despesas;
- Perda da competitividade;
- Diminuição de investimentos por falta de recursos;
- Falta de capacidade para lidar com imprevistos;
- Pouca previsibilidade sobre o lucro;
- Falta de dados para uma tomada de decisão estratégica;
- Fechamento da empresa.
Gestão financeira para pequenas empresas: como fazer?
Existem algumas atividades básicas que devem fazer parte do trabalho de gestão financeira das pequenas empresas. Saiba mais sobre eles!
Controle de fluxo de caixa
O controle do fluxo de caixa é uma das principais ferramentas de gestão financeira, pois registra todas as movimentações feitas nas contas da empresa, independentemente do seu valor.
Apesar de simples, esse registro é essencial para uma boa administração, pois serve como base para muitas outras atividades.
O acompanhamento diário e rigoroso do fluxo de caixa traz mais conhecimento sobre a empresa, facilita a prestação de contas às autoridades e ajuda o gestor a identificar rapidamente erros e fraudes internas.
Gestão de contas a pagar e a receber
A gestão de contas a pagar e a receber também é um tipo de gestão financeira para pequenas empresas muito utilizada.
As contas a pagar correspondem aos gastos que a empresa tem para que se mantenha funcionando, o que envolve os custos de produção e as despesas administrativas.
Já as contas a receber são todas as receitas que a empresa tem – não só pela venda de produtos ou serviços, mas por rendimentos ou ganhos de processos judiciais, por exemplo.
Acompanhar essa movimentação, além de ajudar no controle do fluxo de caixa, evita atrasos nos pagamentos e diminui a inadimplência, deixando as contas da empresa sempre em dia.
Controle do capital de giro
O capital de giro é o valor que a empresa precisa ter em caixa para realizar as suas atividades em um determinado período. A depender do tipo de empresa, esse valor pode corresponder a três meses de funcionamento, seis meses ou até um ano – não existe uma regra!
Apesar de não ser considerado por todos como um tipo de gestão financeira, o capital de giro tem importância significativa e não deve ser deixado de lado por nenhum gestor, por menor que seja a operação da empresa.
É ele que vai garantir a manutenção do negócio em épocas de pouco movimento ou de crise. Lembra de quantas empresas precisaram fechar as portas na pandemia no coronavírus? Isso aconteceu porque muitas delas não tinham capital de giro suficiente para se manter nesse período de menor demanda!
Gestão de notas fiscais
Pois é, muita gente não sabe, mas o controle das notas fiscais também é uma forma de fazer a gestão financeira para pequenas empresas.
Como você sabe, a emissão de notas é uma obrigação de qualquer negócio. Sem isso, a operação se torna ilegal e a empresa pode ser acusada de sonegação de impostos, que é um crime tributário e pode dar cadeia.
Fazer o acompanhamento de todas as notas fiscais emitidas, sejam elas de entrada ou de saída, é uma forma de ficar de olho em todas as movimentações financeiras da empresa, além de facilitar a contabilidade.
Isso dá ao gestor uma base mais concreta para a análise de dados e tomada de decisão.
Saiba como a gestão financeira influencia no seu negócio
Lendo até aqui, você viu como a gestão financeira para pequenas empresas é importante, não é mesmo? Ela pode ajudar o gestor ou o empresário a tomar as melhores decisões para o negócio e impactar diretamente nos seus resultados.
A gestão financeira pode influenciar positiva ou negativamente a empresa em diferentes aspectos:
- Compreensão das necessidades: isso facilita a distribuição de recursos entre os setores e o desenvolvimento de ações voltadas para produtos ou serviços que trazem melhores resultados;
- Análise de resultados: com o registro constante de dados sobre as movimentações o gestor pode compreender efetivamente em que situação as finanças da empresa se encontram;
- Aumento da lucratividade: com mais conhecimento sobre o orçamento, o gestor poderá adotar medidas com o objetivo de aumentar o faturamento e o lucro.
Dicas para facilitar a gestão financeira da sua pequena empresa
Trouxemos aqui algumas dicas dos nossos especialistas que vão ajudar você a fazer uma melhor gestão financeira do seu negócio — muitas delas nós aplicamos aqui na nossa empresa, que vem crescendo desde 2013, quando começou a operar!
Não misture as finanças pessoais e empresariais
Essa primeira dica parece óbvia, mas muitos empreendedores ainda fazem isso, principalmente em empresas pequenas. E esse é um dos maiores erros que você pode cometer na gestão de um negócio!
É imprescindível que a empresa tenha a sua própria conta bancária e o seu controle financeiro.
E o sócio administrador deve receber um pró-labore, que é uma remuneração fixa pelos serviços prestados, assim como um salário!
Nunca deixe de controlar o fluxo de caixa
Já falamos aqui sobre o fluxo de caixa e a sua importância para a gestão financeira para pequenas empresas. Ainda assim, ele costuma ser deixado de lado por empresas menores ou com pouco volume de transações.
O controle rigoroso do fluxo de caixa, no entanto, é um passo muito importante rumo à organização financeira e deve ser feito diariamente, considerando até mesmo os menores gastos ou receitas.
Essa é uma forma de entender o passado e fazer projeções para o futuro, além de manter o presente mais organizado!
Classifique custos e despesas
Além de controlar as movimentações, você também deve classificar os gastos da empresa entre custos e despesas. Isso vai ajudar a ter uma visão mais aprofundada sobre o cenário financeiro, e, consequentemente, facilitar a tomada de decisão.
Saiba precificar produtos e serviços
Nem sempre a precificação deve ser feita com base nos valores cobrados pela concorrência. É claro que esse pode ser um dos fatores a serem considerados, mas, para que a empresa consiga manter as suas contas em equilíbrio, o principal ponto aqui deve ser o custo de produção e a margem de lucro.
Não adianta cobrar R$ 100 por um produto que custou R$ 110 para ser feito, por mais que o seu concorrente cobre R$ 90. Se isso acontecer, é hora de rever os seus custos de produção, mas baixar o preço certamente vai trazer prejuízos para o negócio!
Tenha disciplina
Além de envolver muita técnica, a gestão financeira para pequenas empresas também exige disciplina. É isso que vai ajudar você a fazer um controle sempre detalhado e rigoroso – e você sabe que, quando se trata de dinheiro, quanto mais rigor, melhor, certo?
As atividades de gestão das finanças não devem ser feitas somente quando sobra tempo. Elas devem ser parte da rotina de trabalho e nunca podem ser deixadas de lado!
Use indicadores de desempenho
Os indicadores de desempenho são parâmetros que ajudam a entender as variáveis que compõem a sua empresa. Eles são essenciais para o monitoramento de resultados, identificação de pontos fortes e fracos e para o planejamento estratégico do negócio.
Alguns exemplos de indicadores muito utilizados na gestão financeira para pequenas empresas são:
- ROI (retorno sobre investimento);
- ticket médio;
- ponto de equilíbrio;
- margem bruta;
- margem líquida;
- margem de contribuição.
Tenha uma reserva financeira
É muito importante que o seu empreendimento esteja preparado para imprevistos, como perda de produtos ou clientes, crises econômicas, quebra de equipamentos, entre outras coisas.
A nossa dica é que você crie um fundo emergencial que possa ser resgatado a qualquer momento — afinal, nunca se sabe quando os imprevistos vão acontecer, não é mesmo?
Só tome cuidado para que a criação dessa reserva de emergência não comprometa a operação e nem o crescimento da empresa!
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