Simples Nacional reforma tributária: tudo sobre as mudanças

A reforma tributária no Simples Nacional promete alterar de forma significativa a forma como micro e pequenas empresas lidam com impostos no Brasil.
Com a chegada do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), a estrutura atual passa por uma modernização que busca simplificar, mas também exigirá atenção redobrada na gestão fiscal.
Na prática, as mudanças afetam diretamente quem opta pelo regime simplificado — especialmente nos pontos de créditos tributários, carga efetiva de impostos e transição para o novo modelo a partir de 2025.
Aqui, você vai entender o que muda, como se preparar e quais estratégias podem proteger a competitividade do seu negócio. Confira:
- Simples Nacional na reforma tributária: o que muda?
- Como vão funcionar os créditos tributários?
- Simples Nacional híbrido: quem pode se beneficiar?
- Como se preparar para a transição?
- O que esperar do futuro do Simples Nacional?
O que você vai aprender neste conteúdo
- Como a reforma tributária muda o funcionamento do Simples — e por que isso pode mexer no seu bolso já a partir de 2025.
- O que muda com o IBS e a CBS na prática: créditos, alíquotas, carga efetiva e impacto no dia a dia de quem vende para empresas ou para consumidores.
- Quando o Simples pode continuar vantajoso… e quando o novo modelo pode exigir repensar preços, margens ou até o regime tributário.
- O que é esse “Simples híbrido” que todo mundo comenta e quem realmente pode se beneficiar dele.
- O passo a passo para se preparar para a transição sem susto — do planejamento tributário à atualização de sistemas e rotinas.
- Como usar simulações e revisões de contratos para proteger a competitividade do negócio antes que as mudanças entrem em vigor.
Simples Nacional na reforma tributária: o que muda?
O Simples Nacional continuará existindo, mas precisará se adaptar às novas regras da reforma tributária. Atualmente, o regime reúne diferentes tributos em uma única guia, com receita bruta de até R$ 4,8 milhões por ano.
Com a reforma, ICMS e ISS serão substituídos pelo IBS, e PIS, Cofins e IPI serão unificados na CBS.
Esses novos tributos seguem o modelo de IVA (Imposto sobre Valor Adicionado), com a possibilidade de aproveitamento de créditos tributários, o que traz novos cenários para quem atua no Simples.
Portanto, os principais pontos da mudança são:
- Unificação tributária: IBS e CBS simplificam a estrutura, reduzindo sobreposição de impostos.
- Créditos ao longo da cadeia: empresas B2B poderão utilizar créditos de forma mais eficiente.
- Possível ajuste de alíquotas: para manter equilíbrio, a carga do Simples pode ser revista conforme o setor de atuação.
Como vão funcionar os créditos tributários e a competitividade no Simples Nacional?
Uma das mudanças mais relevantes para quem atua no Simples Nacional é a forma de utilização dos créditos tributários.
As empresas B2B poderão aproveitar créditos de IBS e CBS, reduzindo custos e aumentando a competitividade. Já quem atua no mercado B2C pode enfrentar maior carga efetiva, já que os créditos não são transferíveis ao cliente.
Para se adaptar, vale simular cenários de custo e margem com base nas novas regras, rever a formação de preços para evitar perdas de rentabilidade e avaliar possível migração de regime tributário caso o Simples deixe de ser vantajoso;
Além disso, é importante planejar com antecedência ajustes operacionais e estratégicos. Essa análise prévia será essencial para minimizar impactos negativos e aproveitar as oportunidades trazidas pelo novo modelo tributário.
Contar com a ajuda de uma contabilidade de confiança pode te beneficiar neste sentido!
Simples Nacional híbrido: quem pode se beneficiar?
Uma possibilidade que vem sendo discutida é a criação de um regime híbrido dentro do Simples Nacional, permitindo que parte das operações siga a lógica de cumulatividade atual e outra parte adote a não cumulatividade do IBS e CBS.
Esse modelo pode ser vantajoso principalmente para:
- Empresas com operações mistas (B2B e B2C);
- Empresas com operações B2B;
- Negócios que pretendem crescer rapidamente e já estão próximos do teto do Simples.
Antes de decidir, é importante fazer análises financeiras detalhadas e buscar orientação contábil especializada.
Como se preparar para a transição?
A transição para o novo modelo tributário do Simples Nacional exigirá planejamento e adaptação gradual.
Embora a implementação completa da reforma esteja prevista até 2033, as primeiras mudanças começam em 2025, e as empresas que se anteciparem sairão na frente.
Mais do que entender a teoria, o ideal é colocar a preparação em prática. Veja como aplicar cada passo do checklist com exemplos reais:

1. Simule cenários tributários para diferentes modelos
O primeiro passo é avaliar o impacto da reforma nas finanças do seu negócio. Isso significa simular quanto você pagaria de impostos em diferentes regimes — o Simples Nacional atual, o possível modelo híbrido (com parte cumulativa e parte não cumulativa) e até o Lucro Presumido.
Essas simulações ajudam a prever se o Simples continuará sendo vantajoso ou se a migração para outro regime reduziria custos no médio prazo.
Exemplo prático: Uma empresa de tecnologia que presta serviços para outras empresas (modelo B2B) pode perceber, com a ajuda de seu contador, que o novo sistema de créditos do IBS e da CBS permitirá recuperar parte dos impostos pagos — o que pode tornar o regime híbrido mais atrativo do que o Simples tradicional.
2. Reveja contratos e margens de lucro
Com a unificação dos tributos e o novo formato de créditos, a composição de custos e preços pode mudar. Por isso, é essencial revisar contratos com fornecedores e clientes, cláusulas de reajuste e políticas de precificação.
Além disso, margens de lucro devem ser recalculadas para evitar surpresas quando as novas alíquotas começarem a ser aplicadas.
Exemplo prático: Uma loja de cosméticos que revende produtos de diferentes marcas pode descobrir que, com o novo modelo, parte dos tributos embutidos nos preços será compensável via crédito de IBS. Nesse caso, renegociar contratos com fornecedores e ajustar preços de venda garantem que o lucro líquido não seja comprometido.
3. Capacite sua equipe e contador
A reforma tributária traz novos conceitos e regras de apuração, especialmente quanto ao aproveitamento de créditos e à emissão de notas fiscais sob o novo modelo de IVA (Imposto sobre Valor Adicionado).
Por isso, é importante que tanto a equipe financeira quanto o contador estejam atualizados sobre as novas exigências legais.
Investir em treinamentos e materiais explicativos agora é o caminho mais seguro para evitar erros futuros.
Exemplo prático: Um escritório de arquitetura pode realizar um treinamento interno sobre o cálculo de créditos de IBS e CBS. Assim, quando começar a emitir notas no novo sistema, a equipe já saberá como declarar corretamente cada operação, evitando inconsistências e autuações.
4. Atualize sistemas e processos contábeis
Com o avanço do IBS e da CBS, a automação e a integração de dados serão fundamentais para manter a conformidade fiscal. Empresas que ainda operam com planilhas manuais ou sistemas desatualizados podem enfrentar dificuldades para apurar tributos, gerar relatórios e acompanhar créditos.
Por isso, é hora de revisar os softwares de gestão e contabilidade, garantindo que estejam preparados para o novo modelo tributário.
Exemplo prático: Uma pequena empresa de alimentação pode adotar um sistema ERP integrado à contabilidade online. Assim, ao emitir uma nota fiscal, o sistema já calcula automaticamente os créditos de IBS e CBS e gera os relatórios de apuração exigidos pela Receita.
5. Busque suporte contábil especializado
Por fim, o apoio de um contador experiente e atualizado será decisivo para atravessar a transição com segurança. O profissional ou empresa contábil será responsável por interpretar as novas normas, acompanhar atualizações e orientar o negócio sobre qual regime será mais vantajoso em cada etapa da implementação.
Exemplo prático: Empresas que contam com o suporte da Agilize já têm acesso a simulações tributárias personalizadas, alertas sobre mudanças legais e orientação contínua sobre o IBS e a CBS — garantindo que a adaptação ocorra sem riscos nem custos desnecessários.
O que esperar do futuro do Simples Nacional?
A reforma tributária representa o maior redesenho fiscal do país em décadas, e o Simples Nacional, que sempre teve papel essencial no apoio a micro e pequenas empresas, precisará se adaptar a essa nova realidade.
Nos próximos anos, o sistema deve avançar para uma integração mais profunda com o modelo IVA, tornando o regime mais transparente, padronizado e coerente com a nova estrutura de impostos sobre o consumo.
Essa mudança deve reduzir distorções e trazer maior clareza às obrigações tributárias, permitindo que empreendedores compreendam melhor como seus tributos são calculados e destinados.
Então, as empresas que se anteciparem e planejarem sua estratégia tributária com antecedência certamente terão uma vantagem competitiva, especialmente em um cenário em que a eficiência fiscal e o controle financeiro serão diferenciais importantes.
Nesse contexto, a tecnologia deve desempenhar um papel central, tendo em vista que as ferramentas digitais tendem a simplificar a apuração de tributos como IBS e CBS, automatizando processos e diminuindo a complexidade operacional que hoje consome tempo e recursos dos pequenos negócios.
Outro ponto de destaque será o surgimento de novas regras voltadas para o regime híbrido, que deve ampliar a flexibilidade tributária para pequenas empresas que estejam crescendo e prestes a ultrapassar os limites do Simples.
Perguntas frequentes sobre o Simples Nacional e a reforma tributária
1. As micro e pequenas empresas continuarão podendo optar pelo Simples Nacional?
Sim. A reforma tributária não extingue o Simples Nacional, apenas exige ajustes na sua integração com os novos tributos (IBS e CBS). As micro e pequenas empresas continuarão podendo optar pelo regime simplificado, que segue sendo uma das principais políticas de incentivo ao empreendedorismo no país.
2. O DAS continuará existindo após a reforma tributária?
Sim, mas poderá sofrer adaptações. O Documento de Arrecadação do Simples (DAS) continuará sendo utilizado para o recolhimento unificado dos tributos, mas sua estrutura deve ser atualizada para incluir as novas bases de cálculo do IBS e da CBS. O objetivo é manter a simplicidade no pagamento, mesmo com as mudanças no sistema tributário.
3. As empresas do Simples precisarão se adaptar ao novo sistema do IBS e da CBS?
Sim. Mesmo com a permanência do regime, as empresas precisarão se adequar às novas regras de apuração. Isso inclui compreender o funcionamento do crédito tributário, revisar preços e ajustar sistemas contábeis para atender à nova estrutura do IVA (Imposto sobre Valor Adicionado). Contar com o suporte de uma contabilidade especializada será essencial nessa transição.
4. O MEI será impactado pela reforma tributária?
De forma indireta, sim. O Microempreendedor Individual (MEI) continuará existindo e mantendo a simplicidade atual, mas poderá sentir reflexos nas cadeias de fornecimento e nos custos operacionais caso fornecedores ou prestadores de serviços do Simples tenham mudanças em suas alíquotas ou regras fiscais.
5. Quando as mudanças do Simples Nacional pela reforma tributária começarão a valer?
A implementação começa em 2025, com um período de transição que se estenderá até 2033. Durante esses anos, os novos tributos (IBS e CBS) serão aplicados de forma gradual, enquanto os impostos atuais serão progressivamente extintos. Isso dará tempo para empresas e contadores se adaptarem ao novo modelo tributário.
Ferramentas e suporte: como a Agilize pode ajudar
A reforma tributária no Simples Nacional não significa o fim do regime, mas sim sua evolução. A chegada do IBS e da CBS traz novos desafios e também novas possibilidades de eficiência fiscal e competitividade para quem souber se adaptar.
Por isso, as empresas que se anteciparem, simularem cenários e contarem com o apoio de especialistas terão muito mais segurança para crescer nesse novo contexto.
Lidar com todas as mudanças da reforma tributária no Simples Nacional pode parecer desafiador, mas você não precisa fazer isso sozinho.
A Agilize oferece soluções completas de contabilidade online para micro e pequenas empresas, com uma equipe especializada em legislação tributária e Simples Nacional.
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