Contabilidade para fisioterapeutas: entenda como funciona
Se você é fisioterapeuta, sabe que a sua dedicação está em garantir a recuperação e o bem-estar dos pacientes. Mas para que seu consultório ou clínica prospere, é fundamental dominar a gestão fiscal. Nesse ponto, a contabilidade para fisioterapeutas se torna essencial.
O mercado de fisioterapia, seja em consultório próprio ou em clínicas, exige que o profissional entenda as complexidades tributárias, que vão desde a escolha do regime (Simples Nacional vs. Lucro Presumido) até o recolhimento correto de impostos.
Ter o parceiro contábil certo é o que garante que você pague menos impostos de forma legal e tenha tranquilidade para focar na sua profissão.
Vamos desvendar como funciona a contabilidade para clínica de fisioterapia, quais são os impostos devidos e as melhores escolhas para a sua carreira.
- Como funciona a contabilidade para fisioterapeuta?
- Por que a contabilidade é essencial para fisioterapia?
- Por que fisioterapeuta não pode ser MEI?
- Quais os tipos de empresa um fisioterapeuta pode abrir?
- Qual o melhor regime tributário para fisioterapeuta?
- Quais os impostos pagos por um fisioterapeuta?
- Como organizar a contabilidade de um escritório de fisioterapia?
- Erros comuns de fisioterapeutas na contabilidade
- Benefícios da contabilidade online para fisioterapeutas
O que você vai aprender neste conteúdo:
- Por que fisioterapeutas não devem atuar sem CNPJ e como isso impacta impostos e segurança jurídica.
- Quais tipos de empresa fazem sentido para a profissão e como cada opção afeta custos e organização.
- Como funciona a tributação para fisioterapeutas e de que forma o Fator R muda totalmente a alíquota.
- O que você precisa para manter a contabilidade do consultório em ordem, de notas fiscais a obrigações mensais.
- Como a contabilidade online simplifica o dia a dia e ajuda a reduzir a carga tributária.
Como funciona uma contabilidade para fisioterapeuta?
Uma contabilidade funciona como um suporte estratégico que cuida de toda a gestão fiscal, tributária e financeira do profissional ou da clínica. Ela traduz a complexidade da legislação para que o foco do fisioterapeuta seja sempre o atendimento.
Na prática, o contador especializado auxilia na abertura de empresas (CNPJ), orientando sobre o tipo de CNPJ ideal e cuidando de todo o processo de formalização junto à Receita Federal e à Prefeitura.
Além disso, o contador também te ajuda com o planejamento tributário, a emissão de documentos fiscais, obrigações e relatórios.
As tarefas práticas envolvem a análise do faturamento, da folha de pagamento e do Fator R para garantir que a carga tributária seja a menor possível.
O contador também orienta sobre a emissão de Notas Fiscais de Serviço (NFS-e) e Recibos de Pagamento a Autônomo (RPA), dependendo da modalidade.
Ele também cuida do cálculo e pagamento mensal de impostos (como o ISS e o INSS) e da entrega das declarações obrigatórias (como a DEFIS e a Escrituração Contábil).
Por que a contabilidade é essencial para fisioterapeutas?
Para o fisioterapeuta, a contabilidade não é só um luxo; é uma necessidade para garantir a segurança e a rentabilidade da carreira.
Atuar como autônomo (Pessoa Física) submete o fisioterapeuta à tabela progressiva do Imposto de Renda, que pode ter alíquotas de até 27,5%.
A contabilidade ajuda a migrar para a Pessoa Jurídica (PJ), onde a tributação pode ser significativamente menor (a partir de 6%, por exemplo).
Além do mais, a área da saúde é altamente regulamentada. O contador garante que o fisioterapeuta cumpra todas as obrigações legais junto à Prefeitura, Receita Federal e ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO).
A contabilidade também organiza receitas e despesas, fornecendo relatórios que ajudam a precificar serviços corretamente, controlar o fluxo de caixa e planejar investimentos na clínica.
Por que fisioterapeuta não pode ter MEI?
Porque a atividade de fisioterapia é regulamentada e exige formação superior, registro no conselho de classe e responsabilidade técnica. Profissões regulamentadas não estão incluídas na lista permitida do MEI, que é restrita a atividades simples, de baixo risco e sem exigência técnica.
Por isso, o fisioterapeuta que deseja atuar como PJ precisa optar por outras naturezas jurídicas, como Empresário Individual, SLU ou Sociedade, mas não pode se enquadrar como Microempreendedor Individual.
Quais tipos de empresas um fisioterapeuta pode abrir?
Fisioterapeuta não pode ser MEI porque a profissão é regulamentada por um conselho de classe (CREFITO). Felizmente, existem outras naturezas jurídicas que oferecem segurança e vantagens fiscais para o profissional que deseja formalizar seu consultório ou clínica.
Microempresa (ME)
A Microempresa é a classificação ideal para a maioria dos consultórios individuais ou clínicas que estão começando.
Uma empresa se enquadra como ME se o seu faturamento bruto anual for de até R$ 360 mil.
O formato ME permite que a empresa se enquadre no regime tributário do Simples Nacional, que é geralmente o mais vantajoso.
Sociedade Limitada Unipessoal (SLU)
A SLU é a opção mais recomendada para o fisioterapeuta que empreende sozinho, sem sócios. A principal vantagem é a separação do patrimônio pessoal do patrimônio da empresa.
Em caso de dívidas ou problemas fiscais do CNPJ, os bens pessoais do fisioterapeuta ficam protegidos. Além disso, a SLU não exige capital social mínimo.
Sociedade Limitada (LTDA)
A Sociedade Limitada é indicada para fisioterapeutas que pretendem abrir uma clínica ou consultório com um ou mais sócios.
Assim como a SLU, a LTDA garante a responsabilidade limitada dos sócios, protegendo o patrimônio pessoal de cada um contra dívidas da empresa.
O Contrato Social deve ser elaborado com clareza para definir a participação de cada sócio.
Qual o melhor regime tributário para fisioterapeuta?
A escolha do regime tributário é a decisão mais importante para a rentabilidade da sua carreira. O que determina qual o melhor regime tributário para fisioterapeuta é o faturamento da empresa e a sua estrutura de custos. As opções são o Simples Nacional e o Lucro Presumido.
Simples Nacional
É a opção mais comum para a maioria dos fisioterapeutas PJ. A grande vantagem é a simplificação: o pagamento de impostos é feito em uma única guia (DAS).
- Atenção ao Fator R: para fisioterapeutas, o enquadramento no Simples Nacional é definido pelo Fator R (relação entre folha de pagamento/pró-labore e receita bruta).
Lucro Presumido
Este regime pode ser vantajoso para clínicas ou fisioterapeutas com faturamento mais alto (acima do limite do Simples) ou para quem tem poucas despesas que geram crédito.
Os impostos são calculados sobre uma margem de lucro presumida pela Receita Federal, e as alíquotas (PIS, Cofins, IRPJ e CSLL) são pagas separadamente.
Lucro Real
Geralmente, o Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões/ano e é o mais complexo. Raramente é a melhor opção para pequenos consultórios.
Quais são os impostos pagos por fisioterapeutas?
O profissional de fisioterapia paga impostos de formas diferentes dependendo se atua como Pessoa Física (autônomo) ou Pessoa Jurídica (PJ).
Para autônomos (Pessoa Física)
O fisioterapeuta que atua como Pessoa Física paga Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) por meio do Carnê-Leão (se o faturamento for alto), com alíquotas que podem chegar a 27,5%. Além disso, ele paga o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) sobre os rendimentos.
Para Pessoas Jurídicas (PJ – CNPJ)
A carga tributária é simplificada e potencialmente menor. No Simples Nacional, os impostos são consolidados no DAS (ICMS, ISS, IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e INSS patronal).
- INSS (para o profissional): o fisioterapeuta PJ paga o INSS por meio do pró-labore, garantindo direito a benefícios previdenciários, como licença-maternidade e aposentadoria.
- ISS (Imposto Sobre Serviços): é o imposto municipal, com alíquotas que variam de 2% a 5% e é pago dentro do DAS no Simples Nacional.
- IRPJ e CSLL: impostos federais sobre o lucro, pagos dentro da guia única no Simples Nacional.
A grande particularidade para o setor de saúde é a necessidade de um planejamento tributário constante para otimizar o Fator R e evitar que a alíquota suba desnecessariamente.
Como organizar a contabilidade de um consultório de fisioterapia?
A organização contábil é o que garante a eficiência e a economia do seu consultório ou clínica. Veja abaixo como fazer.
Emissão de documentos fiscais
Para o fisioterapeuta PJ é obrigatória a emissão de Notas Fiscais de Serviço (NFS-e) para os pacientes ou convênios. Para quem atua como autônomo (Pessoa Física), o documento correto é o Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA) ou o recibo de serviço de saúde.
Controle de fluxo de caixa
É essencial registrar todas as receitas (pagamentos de pacientes) e despesas (aluguel, materiais, contas) diariamente. Isso permite um acompanhamento rigoroso do saldo disponível e da saúde financeira do negócio.
Gestão de despesas dedutíveis
A contabilidade deve ser usada para registrar todas as despesas que são legalmente dedutíveis do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) ou do cálculo do Lucro Real, como aluguel do consultório, material de escritório e salários
Obrigações e anuidade do CREFITO: além das taxas de registro e do Certificado Digital, o fisioterapeuta deve estar atento aos custos recorrentes com o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO).
A anuidade do conselho, tanto como Pessoa Física quanto como Pessoa Jurídica, é uma despesa obrigatória. Um contador especializado deve garantir que esse custo seja registrado corretamente, pois ele pode ser dedutível no cálculo do imposto de renda da sua empresa, dependendo do regime tributário.
Gestão de folha de pagamento
Se a clínica tiver funcionários ou estagiários, a contabilidade cuida da folha de pagamento, do recolhimento do FGTS e do INSS, garantindo que o empregador cumpra todas as obrigações trabalhistas.
Erros mais comuns de fisioterapeutas na contabilidade
Muitos fisioterapeutas perdem dinheiro ou correm riscos fiscais por cometerem erros simples na gestão contábil. Os mais comuns são:
Confusão entre pessoa física e jurídica
Utilizar a conta bancária pessoal (CPF) para receber os pagamentos do consultório (CNPJ). Essa mistura de patrimônio é um erro grave que pode levar à fiscalização e à bitributação.
Erro no cálculo do Fator R
Não ter um controle exato da folha de pagamento/pró-labore versus o faturamento. Esse erro pode fazer o fisioterapeuta cair no Anexo V, pagando alíquotas de imposto muito mais altas do que deveria.
Deixar de registrar despesas dedutíveis
Perder notas fiscais de despesas que poderiam ser abatidas do imposto, seja na Pessoa Física (Carnê-Leão) ou na Pessoa Jurídica (Lucro Real), aumentando o valor do imposto a pagar.
Não emitir documentos fiscais (Recibo ou NF-e)
Deixar de emitir o documento fiscal correto é sonegação e pode gerar multas pesadas. A emissão correta também é a única forma de comprovar a receita para fins contábeis.
Benefícios da contabilidade online para fisioterapeutas
A contabilidade online para fisioterapeutas é a solução perfeita para a rotina de quem passa o dia atendendo pacientes. Os benefícios são numerosos:
- Agilidade na gestão: você resolve todas as questões fiscais pela internet, sem precisar se deslocar até um escritório físico.
- Otimização do tempo: o sistema automatiza o cálculo do DAS e o controle de documentos, liberando o fisioterapeuta para focar no atendimento e na especialidade.
- Transparência e acesso: você tem acesso aos seus relatórios financeiros e guias de pagamento 24 horas por dia, de qualquer lugar, pelo celular ou computador.
- Especialização no setor de saúde: as melhores plataformas online contam com contadores especializados em saúde, que dominam as regras do CREFITO e as nuances tributárias do setor.
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Na fisioterapia, você entrega resultado no corpo do paciente. No consultório, quem garante resultado no seu CNPJ é uma gestão bem-feita, e é aí que a Agilize Contabilidade entra.
Somos especialistas em contabilidade para profissionais de saúde, com foco total em clínicas de fisioterapia e fisioterapeutas autônomos. Nossa função é simples: deixar a burocracia leve e o imposto no nível mais justo possível.
Com a Agilize Contabilidade, você aproveita o máximo do Simples Nacional, incluindo otimização do Fator R, paga menos tributo dentro da lei e mantém sua clínica sempre em conformidade. A gente cuida de tudo: abertura de CNPJ, migração de contador, emissão de notas fiscais, análises tributárias e toda a rotina contábil que você não deveria perder tempo fazendo.
Enquanto você foca em reabilitar seus pacientes, nós mantemos seu negócio saudável. Simples, seguro e especializado — do jeito que a melhor contabilidade para fisioterapeutas tem que ser.
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Perguntas frequentes sobre contabilidade para fisioterapeutas
Para quem está iniciando a carreira ou pensando em formalizar seu consultório, é natural que surjam muitas dúvidas sobre a melhor forma de atuar e como pagar menos impostos. A seguir, respondemos às questões mais comuns que envolvem a contabilidade, ajudando você a tomar as decisões certas para o seu futuro profissional.
Fisioterapeuta pode ser MEI?
Não. Fisioterapia é uma profissão regulamentada por conselho de classe (CREFITO). O MEI é destinado apenas a atividades não regulamentadas. O fisioterapeuta deve abrir uma Microempresa (ME).
Fisioterapeuta pode trabalhar como autônomo?
Sim, o fisioterapeuta pode trabalhar como autônomo (Pessoa Física). No entanto, precisa recolher IRPF (pela tabela progressiva) e INSS. Para prestar serviços legalmente, deve emitir Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA) ou recibo de serviço de saúde.
Quanto custa a contabilidade para fisioterapeuta?
O custo da contabilidade online para fisioterapeuta é variável, dependendo do regime tributário (Simples Nacional ou Lucro Presumido) e do faturamento.
O valor geralmente é mais baixo do que em escritórios tradicionais, devido à automação. A Agilize oferece planos acessíveis para profissionais PJ.
Fisioterapeuta precisa obrigatoriamente de um contador?
Sim, a partir do momento em que o fisioterapeuta abre uma Microempresa (ME) ou outro tipo de CNPJ (que não o MEI), ele é legalmente obrigado a ter um contador responsável para assinar suas demonstrações contábeis e fiscais.
