Entenda a importância de separar os ganhos de sua empresa dos seus ganhos pessoais

Separar os ganhos de sua empresa dos seus ganhos pessoais

Pode ser difícil para o empreendedor entender realmente qual é a importância de separar as despesas empresariais das pessoais. Mesmo se tratando de um negócio de pequeno ou médio porte, misturar as contas provavelmente trará diversos danos à saúde financeira tanto da empresa como do empreendedor, afinal, ele não saberá exatamente quais os gastos ligados diretamente à pessoa jurídica e à física e, com os diversos pagamentos a fazer, pode perder o controle dos números.

É fundamental, assim, separar o faturamento e dispêndios da empresa dos ganhos e despesas pessoais, para evitar rombos no caixa da empresa e no seu bolso. Veja a seguir os principais pontos que justificam a separação do controle dessas despesas.

O controle dos gastos

Isso vale tanto para o lado pessoal como empresarial: ter tudo muito bem controlado é importantíssimo para saber quanto se gasta todo mês, quanto se pode poupar e quanto se pode investir para gerar mais dinheiro. Gastar de maneira desordenada, sem pensar em prazos e, principalmente, sem fazer o registro dos valores gastos faz com que qualquer um perca, mais cedo ou mais tarde, a real noção de qual a situação do saldo disponível para pagamentos e das dívidas contraídas. Essa ausência de controle é um bom começo para o fracasso empresarial e para o endividamento.

Registre, de maneira separada, os faturamentos de ordem pessoal e os que vêm a partir da atividade empresarial e também registre as despesas separadamente – para ficar mais fácil, faça uma subdivisão com os gastos fixos, como contas de água e luz, e os variáveis, como a compra de maquinário para a empresa ou um item doméstico. Com isso, você saberá onde há mais e menos gastos, onde não se pode mexer e onde dá para fazer cortes e, enfim, qual o saldo em cada parte.

Deixar tudo na ponta do lápis ainda pode ajudar, mas hoje em dia há softwares e programas que deixam todos esses controles muito mais fáceis e seguros, tanto para o negócio como para o seu sócio ou proprietário.

Separação do dinheiro que entra e sai

Manter separado o controle financeiro pessoal e empresarial também passa pela entrada e saída de dinheiro da pessoa jurídica e física. Após esse registro apartado, mantenha essa separação também na hora de utilizar o dinheiro que entra na empresa e o de ordem pessoal.

Para isso, defina um pró-labore para os sócios. Esse será o pagamento mensal deles, após toda a parte financeira da empresa estar resolvida. Esse salário deve ser realista, de acordo com a função desempenhada e com o tamanho do rendimento do negócio, e, assim como o salário, deve suprir as necessidades do recebedor. Lembrando que são os hábitos do assalariado que devem se adaptar ao salário. Além disso, mantenha separado qualquer rendimento de ordem pessoal que entre na conta e não coloque esse dinheiro na empresa e vice-versa.

Possuir duas contas bancárias, uma para a empresa e outra para a pessoa, ajuda muito nessa separação, pois ali aparecerão os montantes que entram e que saem. Além disso, cada conta pode contar com taxas de juros e soluções financeiras distintas, sem contar que fica mais fácil para, por exemplo, declarar o imposto de renda ou prestar outras contas com o fisco se a conta bancária não tiver informações pessoais e empresariais misturadas.

Reservas de emergência ou investimentos

A separação dos gastos também traz outro benefício importante para a saúde financeira pessoal e do negócio: as reservas, que poderão ajudar tanto a empresa numa emergência ou num investimento que lhe trará melhorias, como a provisão de recursos para lidar com um imprevisto de ordem privada.

Para a empresa, é ideal reservar pelo menos 10% do faturamento mensal para aumentar o capital de giro e até mesmo, mais na frente, investir em modernização ou em investimentos que gerem mais rendimentos. Para a pessoa física, considerando que o empreendedor possui outras fontes de renda além do negócio, separar metade do pró-labore é interessante para fazer uma boa viagem de férias, garantir um 13º ou uma importante compra de ordem pessoal. No caso da aposentadoria, ao menos 10% do pró-labore pode ser reservado para esse fim.

Se o empreendedor possui apenas como renda o pró-labore, estipule uma quantidade para reserva que não comprometa o pagamento das despesas mensais e que possa ser investido com regularidade.

Como estão suas despesas pessoais e empresariais? De que forma você separa esses gastos? Comente.

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